quarta-feira, 22 de julho de 2009

Viver é correr riscos / Living is take risks / La vida es asumir riesgos

Danuza Leão certa vez disse que “a vida é difícil; para não correr nenhum tipo de risco, o lance é aprender a trancar o coração, o que, aliás, nem é tão difícil assim.” Viver é correr riscos. O tempo todo, para todo mundo, sem exceções. Deus mesmo deu o exemplo quando preferiu correr o risco de conceder ao homem a liberdade de escolher e, assim, pudéssemos fazer a opção de amá-lo como expressão da nossa vontade e não como marionetes. Jesus também correu o risco de enfrentar a cruz e a morte, para oferecer a salvação a todo o que crê.
Se quisermos uma mudança de fato na vida, precisamos correr o risco de andar com Deus e construir a nossa história de acordo com os propósitos de Deus. Você precisa conhecer expressões de Jesus que confrontaram seus ouvintes com decisões que apontavam para mudanças radicais.
Corra o risco de amar. Para C.S. Lewis, “não existe investimento seguro. Amar é ser vulnerável... Ame qualquer coisa e seu coração irá certamente ser expremido e possivelmente partido. Se quiser ter certeza de mantê-lo intacto, não deve dá-lo a ninguém... Evite todos os envolvimentos, feche-o com segurança no esquife ou no caixão de seu egoísmo. Mas nesse esquife seguro, sombrio, imóvel, sufocante, ele irá mudar. Não será quebrado, mas vai se tornar inquebrável, impenetrável, irredimível... O único lugar fora do céu onde você pode se manter perfeitamente seguro contra todos os perigos e perturbações do amor é o inferno.” Foi por isso que Jesus disse: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso!” Mateus 5.43-46.
Corra o risco de perdoar. Lembra-se da pergunta de Pedro a Jesus? “‘Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’Jesus respondeu: ‘Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete’”. Mateus 18.21-22.
Corra o risco de caminhar com Deus. Isso também não é fácil ou simples. Até os discípulos tiveram dúvidas. “Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: ‘Neste caso, quem pode ser salvo?’ Jesus olhou para eles e respondeu: ‘Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis’. Então Pedro lhe respondeu: ‘Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós?’ Jesus lhes disse: ‘Digo-lhes a verdade: Por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso, vocês que me seguiram também se assentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros’”. Mateus 19.25-30.
Corra o risco de renunciar ao eu. Esse é o grande desafio da fé. Lembrando uma poesia de Clarice Lispector: “Só o que está morto não muda! / Repito por pura alegria de viver: / A salvação é pelo risco, / Sem o qual a vida não vale a pena!!!” Jesus disse: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará”. Mateus 10.37-39.
Corra o risco de entregar a vida inteira para Deus. O chamado de Jesus tem exigências muito difíceis, mas ao mesmo tempo abençoadoras: “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram”. Mateus 7.13-14.
Para terminar, anote essa recomendação atribuída a Sêneca, que viveu entre os anos 55 a.C. e 39 d.C.:“Rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver. Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas. Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de fracassar. Mas devemos correr riscos, porque o maior perigo é não arriscar nada. Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem. Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade. Somente a pessoa que corre riscos é livre!”

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