sábado, 2 de maio de 2015

Como lidar com conflitos? / How to deal with conflicts? / ¿Cómo lidiar con los conflictos?

“Pois, quando chegamos à Macedônia, não tivemos nenhum descanso, mas fomos atribulados de toda forma: conflitos externos, temores internos.” 2 Coríntios 7.5
O conflito é contingente. Ele é inerente à nossa própria condição humana e está presente em todas as nossas relações como forças antagônicas que perturbam o processo de tomada de decisões.
Para Freud, o conflito é constitutivo do sujeito, que consiste em uma oposição de exigências internas contrárias, como o desejo e a censura, os sistemas e as instâncias, o querer e o poder, o prazer e a realidade, o inconsciente e o consciente.
Para Kurt Lewin, toda variação do comportamento humano é condicionada pela tensão entre as percepções que temos do mundo e o contexto psicológico em que estamos inseridos. O que está em jogo no conflito é uma convergência de forças quando se está diante de dois valores opostos.
O apóstolo Paulo falava de uma lei interior que atua na hora de fazer escolhas: “Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim.” Romanos 7.21. Portanto, o conflito é algo tão humanamente inevitável que até a Bíblia se preocupa com ele.
Por essa razão, precisamos partir do pressuposto de que enfrentar conflitos é parte de nossa realidade. Além de ser inevitável, é necessário. Os conflitos são sinais de vitalidade. Eles:
a) ajudam a organizar as ideias e a percepção da realidade;
b) apontam para o problema;
c) mobilizam recursos e pessoas para a busca de solução;
d) encorajam a que sejamos mais criativos; e
e) acabam com a preguiça.
Devemos olhar para o conflito de forma realista. Isso quer dizer que não devemos ser otimistas demais nem pessimistas em demasia. “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é um realista esperançoso”, disse certa vez Ariano Suassuna.
Teóricos da Administração têm desenvolvido uma maneira de lidar com conflitos que inclui dois estilos: um que está ligado à consideração e outro, à confrontação. No eixo das considerações – ao analisar o conflito –, você pode escolher entre a fuga e a acomodação, mas também pode optar entre dominar ou colaborar. No eixo da confrontação, você pode escolher entre evitar o conflito ou partir para a competição, ou pode escolher entre se render a ele ou cooperar.
O que determina o resultado positivo ao enfrentar conflitos é a sabedoria em analisar cada circunstâncias, valorizar as pessoas envolvidas e aplicar a dose certa de iniciativa própria. Nem sempre a melhor decisão é aquela que tomamos no calor da hora, mas aquela que tomamos na hora certa, no lugar certo, pelas razões certas. Muitas vezes, menos é mais. E isso demanda um exercício constante de aprendizado. 

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