sábado, 27 de junho de 2015

Como gerenciar o dinheiro / Dealing with Money / Cómo administrar el dinero

Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isso também não faz sentido.” Eclesiastes 5.10

A maior dificuldade que as pessoas enfrentam quando o assunto é sucesso na carreira é a maneira como lidar com o dinheiro, quer seja ter muito ou pouco. A relação com o dinheiro é uma área que todos temos problemas. Ainda não aprendemos a melhor maneira de lidar com esse recurso que a sociedade desenvolveu para regular as relações econômicas entre as pessoas. O dinheiro determina as relações na sociedade moderna, fazendo com que oriente as ações de indivíduos e a convivência social.
O dinheiro tende a interferir na nossa personalidade, transformando-nos em objeto, que não depende mais da relação com o grupo, mas da capacidade de poder aquisitivo. Somos considerados na mesma condição de coisas, diluindo assim a nossa personalidade. De um modo geral, o imaginário criou alguns personagens que tipificam bem a maneira como as pessoas se relacionam com o dinheiro: o avarento, o pródigo, o ganancioso, o aproveitador.
Quando o dinheiro domina nossas preocupações, o que passa a orientar as nossas relações é o aspecto quantitativo e não mais o qualitativo. Essa é a principal causa da desigualdade social. Por essa razão, a Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Timóteo 6.10).
Isso acontece porque vivemos numa sociedade que substituiu os laços de afinidade antigos pelas relações impessoais. O dinheiro é o meio que estabelece novos vínculos entre as pessoas. Lidar com ele demanda uma nova inteligência, que ponha de lado a demonização da riqueza e do poder monetário que se estabeleceu desde o começo da Modernidade, para dar lugar a uma construção de relacionamentos em que o dinheiro possa ser considerado como ele realmente é: um medidor das diferenças qualitativas entre as coisas e as pessoas, como um agente libertador dos indivíduos da tutela do estado, da igreja, da família e da sociedade.
O dinheiro surgiu a partir da troca que se baseia na noção de valor. Portanto, sua origem está ligada a um aspecto subjetivo. As relações humanas são de troca, por assim dizer. Sendo assim, o dinheiro assume papel de mediador entre indivíduos, ações e de organizações. O dinheiro é, portanto, meio para se estabelecer relações recíprocas, mas que acaba se transformando como um fim em si mesmo.
Deste modo, o dinheiro influencia o ritmo da vida. Ele determina interesses, intenções e objetivos. Seu uso tem o poder de aproximar ou de excluir pessoas, de atribuir honra ou de menosprezar, de construir esperanças ou produzir desalento. Além do mais, os planejamentos que não incluem, de modo claro, os custos e as origens dos recursos financeiros tendem ao fracasso.
O dinheiro é o maior símbolo de como a vida é transitória. Para que o seu valor seja estabelecido, é preciso que esteja sempre em circulação. Como disse Augusto Cury,você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário”.
Há valores que não são medidos pelo dinheiro, mas que conferem sentido à vida. É o caso da prudência e da generosidade.
A maneira de lidar com o dinheiro tem a ver inclusive com a espiritualidade. A Bíblia trata deste assunto. Jesus disse: Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (João 6.21) A Bíblia diz também: “E, quando Deus concede riquezas e bens a alguém, e o capacita a desfrutá-los, a aceitar a sua sorte e a ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus” (Eclesiastes 5.19).
O problema não é possuir dinheiro, mas se deixar ser dominado por ele. Ter liberdade e independência financeira significa que é você quem exerce controle sobre o dinheiro e não o dinheiro que exerce controle sobre sua vida.

domingo, 21 de junho de 2015

Gestão de mudança aplicada à vida / Change management applied to life / La gestión del cambio aplicado a la vida

Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo.” Mateus 9.16 
Faça para você mesmo a seguinte pergunta: se eu fosse começar o que eu já faço, faria do mesmo modo sabendo as coisas que eu sei hoje? A sua resposta é um indicativo de que está na hora de mudar.
Mudar é o processo resultante de vida. Só os vivos mudam. As múmias permanecem intactas por muito tempo. Por favor, me permita repetir: os vivos mudam! Heráclito estava certo ao afirmar que só há uma certeza: “tudo muda!” Ele via a mudança como um jogo dos contrários. Mas isso de forma alguma produz o caos. Ela permite a harmonia. A constante transformação de todas as coisas obedece a uma ordem e tentar entendê-la é sofrimento. A vida segue seu fluxo e é isso que lhe dá sentido, que estimula a tomada de decisões.
A mudança sempre acontece a partir de uma quebra de paradigmas, quando os modelos adotados tendem a ser substituídos por outros. Quando uma pessoa tem dificuldade de mudar isso quer dizer que ela também tem dificuldade de rever seus paradigmas. Como afirmou Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo.”
De um modo geral, não há muito controle para a mudança, mas é possível antecipá-la e liderá-la. Isso envolve pessoas, processos e relações, assim como exige organização e gerenciamento. É preciso saber: por que mudar, o que se quer mudar, de onde se está partindo, aonde se quer chegar, como mudar e quem deve mudar.
A gestão de mudança é uma ação estratégica cujo foco está na necessidade constante de adaptação e adequação a novas realidades e às transformações que acontecem a nossa volta. O processo de mudança envolve uma gestão que tem implicações nos aspectos ligados à inovação. Dito de outro modo, inovar é fazer de outro modo o que todos estão tentando fazer.
A inovação é um processo de mudança que implica o estabelecimento de práticas e procedimentos para que as mudanças aconteçam. Algumas implicações a respeito da inovação:
a)    Inovação não quer dizer novidade.
b)   Inovação exige continuidade.
c)    Inovação requer informação.
O que deve orientar uma política de mudanças na vida pessoal é aquilo que dá identidade a você: seus valores, seus princípios, suas conquistas consolidadas até aqui. Seu foco não pode estar centrado na repetição de rotinas, estruturas ou procedimentos anacrônicos. Você deve estabelecer um princípio de dar continuidade aos seus marcos fundadores, mas também de estabelecer uma ruptura com os processos ineficazes. O equilíbrio entre continuidade e ruptura é o que caracteriza o espírito inovador.
Toda mudança enfrenta resistências. E isso acontece porque todos nós desenvolvemos um desejo por estabilidade, segurança e controle de nossa vida que nos leva a nos defendermos de qualquer força que nos ofereça riscos.
Se você não está disposto a mudar as coisas que você faz, não espere resultados diferentes em sua vida.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Transforme visão em projeto de Deus / Turn vision into project of God / Transforme visión en proyecto de Dios

“As pessoas podem fazer seus planos, porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra.” Provérbios 16.1 NTLH[1] 
Visão é uma imagem que você tem do seu futuro. É uma ideia ou mesmo um sonho daquilo que gostaríamos de realizar. A nossa visão muitas vezes é limitada, em função do ângulo em que observamos a realidade que nos cerca.
Fatores que determinam a visão:
a)        A imaginação.
b)        A análise da realidade vivida, do seu potencial disponível e das possibilidades futuras.
Sua visão determina os alvos e as metas que você precisa alcançar. Estabelecer alvos claros, específicos, mensuráveis e com prazos determinados orientam as atitudes que você precisa tomar para conseguir alcançá-los.
A visão é responsável por nortear as nossas escolhas e atitudes. Algumas expressões sobre visão:
a)      A direção desejada.
b)      O caminho que se pretende percorrer.
c)      Propostas a serem alcançadas em médio e longo prazo.
d)      Como gostaria de ser visto pelos outros.
Conforme a Bíblia diz:Por falta de visão, o povo vive sem freios.” Provérbios 29.18 BJ[2]
Qual a sua visão para os próximos cinco anos? Com o que você gostaria de estar envolvido daqui a cinco anos? Pegue uma folha de papel e escreva algo sobre isso. Divida a folha em duas colunas. Na primeira coluna, defina quatro quadros e escreva em cada um deles as principais áreas da sua vida: família, profissão, serviço voluntário e desenvolvimento pessoal. Na segunda coluna, escreva na direção de cada quadro as suas expectativas para cada uma das áreas da outra coluna.
Veja como deveria ficar a sua folha:
Qual sua visão para os próximos 5 anos?
Áreas da minha vida
Minha visão para cada área da vida
Família




Profissão




Serviço Voluntário




Desenvolvimento Pessoal








[1] Cf. Nova Tradução na Linguagem de Hoje
[2] Cf. Bíblia de Jerusalém.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Comece a construir seu sucesso hoje / Start building your success right now / Comience a construir su éxito de hoy

“Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá.” Eclesiastes 11.4 
O sucesso não é uma questão de sorte, mas de planejamento. A recomendação do sábio no livro bíblico de Eclesiastes é: se você espera as condições favoráveis, nunca realizará nada. Não se trata de uma questão de privilégio, mas de aproveitar bem as oportunidades. Como disse Branch Rickey: “A sorte é resultado de um plano bem elaborado”.
O sucesso que você deseja para a sua vida começa a ser construído hoje. Benjamim Franklin dizia que “um dia de hoje equivale a dois dias de amanhã; o que eu serei, já estou me tornando agora”.
O modo como você lida com a sua vida hoje determina suas expectativas sobre o futuro. Veja algumas afirmações importantes sobre como você pode se preparar para um futuro melhor:
a)      Sua vida jamais mudará enquanto você não mudar o que faz diariamente.
b)      Você não toma decisões porque são fáceis, baratas ou comuns. Você toma decisões porque elas são certas.
c)      Pessoas bem-sucedidas são as que estabelecem princípios de vida desde cedo e os administram diariamente.
Há dois fatores que são essenciais para uma vida bem-sucedida: o primeiro diz respeito a nossas atitudes e o segundo, à nossa disciplina. As atitudes nos ajudam a começar e a disciplina nos ajuda a terminar. As atitudes estão ligadas às nossas escolhas e a disciplina está ligada ao nosso caráter.
Diante do que temos dito, você precisa começar urgentemente a dar passos para o sucesso:
a)      Comece com você.
b)      Comece agora.
c)      Comece aos poucos.
Lembre-se: a pessoa bem-sucedida não é medida pelo que tem, mas pelo que se tornou. O sucesso está muito mais ligado a sua realização como pessoa do que com os títulos e prêmios que você conquista. Claro que alcançar posições faz parte de toda a carreira. Mas nada se compara com aquilo que você conquistou de forma digna.
Guarde com você esta frase como uma direção para toda a sua vida: “O sucesso é ter paz na consciência, que é resultado da satisfação pessoal de saber que fez o melhor que podia para se tornar o melhor do que é capaz de ser”, John Wooden.

domingo, 7 de junho de 2015

Transições e deslocamentos / Transitions and dislocations / Las transiciones y dislocaciones

Viver é fazer transições. Fazemos transições o tempo todo: da infância para a adolescência, da adolescência para a juventude, da juventude para a maturidade, da maturidade para a velhice.
Algumas transições são socialmente marcadas: de solteiro para casado, de estudante para profissional, de estranho para amigo, de indiferente para comprometido, de isolado para quem possui pertença, de excluído para incluído. O contrário dessas travessias socialmente marcadas também pode acontecer.
Outras transições são espiritualmente marcadas: de descrente para crente, de observador a seguidor, de quem conhece de ouvir falar a testemunha. E essas transições dificilmente oferecem um caminho seguro de volta. Pelo menos, não há como voltar ou desistir dessas transições e continuar o mesmo.
E há aquelas transições solitárias, que exigem exercícios dolorosos de mudança interior, como as que afetam nossa vida emocional: de apaixonado a desiludido ou perdido de amor, de convencido a incompreendido ou valorizado, de ofendido a quem perdoa ou alimenta mágoas, do anonimato à exclusão ou tornar-se celebridade. São transições que doem por exigirem escolhas tanto nossas quanto de outros.
Fazer transições é fazer deslocamentos, é deixar de ser o que é para assumir aquilo que está se tornando. Isso é parte de nossa condição humana. Para nos humanizarmos, precisamos fazer ajustes constantes, dar passos em direção a um ideal, assumir o risco das muitas travessias. Como disse Guimarães Rosa, em Grandes Sertões: Veredas: “O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.”
Nem mesmo Deus escapou das transições para se tornar humano: esvaziou-se, abriu mão de sua glória, o eterno se fez história, o pensado encarnou-se, o distante tornou-se próximo. Jesus Cristo é a revelação do Deus que se desloca na direção do humano. Sua vida e mensagem são um convite a assumirmos nossas próprias travessias para nos tornarmos aquilo que ele gostaria que fôssemos como um pai amoroso e criador genial que é.
Dentre as muitas histórias que a Bíblia relata de pessoas que experimentaram transições e deslocamentos, encontra-se a do êxodo do povo hebreu desde o Egito até a terra prometida. Chegar a Canaã não foi fácil, exigiu vários deslocamentos e transições. Fazer a travessia até a terra da promessa não significava simplesmente seguir uma estrada que, orientada por um guia normal, demandaria três ou quatro dias. A travessia durou quarenta anos pelo deserto, com idas e vindas, perdas e ganhos, vitórias e derrotas, companheirismo e traições, dúvidas e esperanças.
O livro de Êxodo serve como metáfora para compreender nossos próprios deslocamentos. As muitas transições que o povo precisou fazer para chegar até a terra “que mana leite e mel” funcionam como arquétipos de nossas próprias transições. Entendê-las é construir um caminho novo para se alcançar uma vida mais humana.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Enfrente as pressões do dia a dia / Face the pressures of everyday life / Enfréntate a las presiones de la vida cotidiana

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” Filipenses 4.6 
Como você enfrenta os conflitos e as pressões do dia a dia? Todos nós estamos sujeitos a ter o que chamamos de dia mau, que é aquele em que tudo parece que conspira contra nós. Independente disso, durante um mesmo dia podemos enfrentar várias situações que nos tiram do sério.
Alguns chegam a dizer que têm que “enfrentar um leão por dia”, outros afirmam que parece que para a vida deles só tem “vento contrário”, nunca a favor. Isso leva a que as pessoas desenvolvam diferentes atitudes ao lidar com as circunstâncias adversas.
Veja algumas atitudes comuns diante de situações de pressão ou estresse:
a) Síndrome de Gabriela – é aquela pessoa que enfrenta todas as situações com o mesmo temperamento e ainda diz: “eu nasci assim, eu cresci assim e vou ser sempre assim”.
b) O leão da montanha – é aquela pessoa que leva a vida de forma despreocupada e, quando vêm as cobranças, encontra um jeito de fugir do problema dizendo: “saída pela esquerda!”
c) A hiena pessimista – é aquela pessoa que vê dificuldade em tudo, reclama de tudo e ainda diz: “ó céus, ó vida, ó azar, isso não vai dar certo!”
d) O homem de vidro – é aquela pessoa frágil que se quebra por qualquer motivo.
Não podemos evitar que a crise aconteça, mas podemos tirar melhor proveito dela. John Kennedy, em 1959, no auge da crise da guerra fria, lembrou o significado da palavra crise no dicionário chinês que tanto pode servir para descrever um risco ou perigo quanto para descrever uma oportunidade. Como afirmou M. Scott Peck: “A maioria das pessoas não enxerga plenamente esta verdade – a de que viver é difícil. Ao invés disso se lamentam incessantemente.”
A capacidade de enfrentar pressões chama-se resiliência. Trata-se de uma palavra tirada do campo da física que tem sido empregada por psicólogos e educadores. A resiliência consiste no equilíbrio entre a pressão sofrida e a capacidade de lutar. Além disso, é o fator que resulta em aprendizagem. Pessoas resilientes são capazes de tirar proveito das pressões do dia a dia.
Então, como se tornar uma pessoa resiliente? Veja algumas atitudes:
a) Esteja consciente de sua capacidade e de suas reais possibilidades.
b) Analise as circunstâncias que envolvem o problema.
c) Focalize a sua atenção na solução do problema.
d) Saiba adaptar-se às mudanças e situações ambíguas.
e) Pense estrategicamente e tome decisões acertadas mesmo sob pressão.
f) Adote condutas flexíveis na solução de problemas.

g) Desenvolva o hábito de colocar suas questões primeiramente diante de Deus, em oração.

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