terça-feira, 25 de agosto de 2015

O desafio do cuidado de si / The challenge of taking care of yourself / El desafío de cuidar de sí mismo

Tem cuidado de ti mesmo...” 1 Timóteo 4.16 (ARA). 
Uma preocupação constante que você deve ter: cuidar de si mesmo. O filósofo Michel Foucault identificou que, desde a antiguidade greco-romana, há no cuidado de si alguma coisa perturbadora. Isso se dá pelo fato de que não sabemos ao certo quem somos. A respeito de mim mesmo, “eu não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa”, como disse Guimarães Rosa.
O grande problema é que, além daquilo que nos constitui como pessoas, existe um potencial do que podemos vir a ser e ainda existe aquele olhar que somos capazes de lançar para nós mesmos a fim de projetarmos uma imagem a respeito de quem somos. Ou seja, você ainda não se tornou aquilo que deveria ser assim como possui uma imagem de si que não corresponde ao real de quem você é.
O cuidado de si implica que sejamos capazes de acolher quem somos juntamente com nossos limites e potencialidades, distante do sentimento narcisista que nos leve a uma ideia falsa sobre nós mesmos. É preciso superar toda tendência a uma supervalorização do eu que pode conduzir a um equívoco de autossuficiência e a uma atitude de transferência alienante de responsabilidade.
Se você quer cuidar bem de si mesmo, isso o conduz a desenvolver um conhecimento de si que leve em consideração tanto as suas contradições quanto as relações que envolvem a sua existência. Como um ser contraditório e marcado por uma cadeia de relações, você não é uma coisa, mas uma pessoa. Você não nasceu pronto, nem é uma coisa construída de uma vez por todas. Antes, é um ser em construção.
Suas contradições e ambiguidades lembram que não dá para se arvorar como alguém superior ou melhor do que outros, assim como suas relações lembram que está interligado a outros e com o mundo de tal modo que não dá para se pensar na existência fora dessas relações. Ignorar as contradições e os nós das relações é lançar aquelas situações que não queremos e nem aprendemos a lidar para um universo de sombras. De vez em quando elas aparecem, saem de seus esconderijos e são expostas à luz.
Não é vergonhoso, nem se constitui um fracasso, reconhecer-se como uma pessoa vulnerável. Suas fragilidades são o que há de mais humano em você. Isso tem a ver com sua capacidade de chorar ou de rir de seus tropeços, de saber perdoar e reconhecer que errou, de ter coragem para enfrentar a dor e aprender com os próprios erros, de perder e saber dar a volta por cima. O cuidado de si nos lembra que somos capazes de amar e odiar, ter medo e superar apesar do medo, conviver com nossas sombras e andar na luz, cair e levantar, sofrer e se alegrar.
Como pessoas, somos uma síntese de contradições, onde elas não se anulam, mas que nos constituem e nos motivam a seguir adiante. Como afirmou Martin Luther King: “Não somos o que gostaríamos de ser. Não somos o que ainda iremos ser. Mas, graças a Deus, não somos mais o que éramos.”

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cuide de seu caráter / Take care of your moral character / Cuida de tu carácter

Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha.” Mateus 7.24 
Enquanto a reputação tem a ver com o modo como as pessoas o veem, o caráter é o que de fato você é. A reputação pode até fazer com que você ganhe ou perca prestígio ou dinheiro, mas o caráter é o que pode te fazer feliz ou infeliz. Para você cuidar de sua reputação, basta um momento; mas, para cuidar do seu caráter, você precisa investir nele durante toda a vida. Como disse o grande evangelista D. L. Moody: “Se eu cuidar do meu caráter, Deus vai cuidar da minha reputação.”
Quando o assunto é caráter, isso lembra que sou responsável:
a)      perante Deus;
b)      perante a família, e
c)      perante o próximo.
Impressione as pessoas com seu caráter. A influência sobre a vida de alguém causa consequências capazes de mudar o rumo de uma vida inteira. Tudo começa quando você age consciente de que Deus o vê. O caráter tem a ver com as coisas que você faz quando acha que ninguém está vendo. Mesmo que esteja tudo ruindo ao seu redor ou mesmo que experimente aquele momento favorável, procure manter-se de pé diante de Deus. Lembre-se sempre o que a Bíblia diz: “Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14.12).
O fracasso no cuidado com o caráter pode destruir uma vida inteira. A Bíblia tem a seguinte advertência: “Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair” (1 Coríntios 10.12 (NTLH). Por isso, é importante que cada um cuide de poder estar de pé diante daquele único que nos dá uma chance de tentar de novo. Veja algumas atitudes para estar de pé diante de Deus:
a)      Confie que é Deus quem o sustém. Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está de pé ou cai. E ficará de pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar.” Romanos 14.4.
b)      Creia que é Deus quem o levanta. Pois ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se, mas os ímpios são arrastados pela calamidade.” Provérbios 24.16.
c)      Creia que Deus não o rejeita. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” Salmos 51.17.

domingo, 16 de agosto de 2015

Desenvolvimento Pessoal Estratégico: #InvistaMaisEmVocê / Strategic Development Personal / Desarollo Personal Estratégico

“Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso.” Eclesiastes 10.10. 
Certa vez, um velho lenhador, conhecido por sempre vencer os torneios que participava, foi desafiado por outro lenhador, mais jovem e forte, para ver quem cortava mais lenha. Foi uma disputa que chamou a atenção de todos os moradores da localidade. Muitos acreditavam que finalmente o velho perderia a condição de campeão dos lenhadores, em função da grande vantagem física do jovem desafiante.
No dia marcado, os dois competidores começaram a competição. O jovem se entregou com grande energia à tarefa, convencido de que seria o novo campeão. De tempos em tempos, olhava para o velho que permanecia sentado. Logo pensou que o adversário estava cansado demais para a disputa por causa da idade, e continuou cortando lenha com todo vigor.
Ao final do tempo estipulado, foram medir a produtividade dos dois lenhadores. Para surpresa de todos, o velho vencera novamente, por larga margem.
Confuso, o moço perguntou ao velho:
– Não entendo, muitas das vezes quando eu olhei para o senhor, durante a competição, notei que estava sentando, descansando, e, no entanto, conseguiu cortar muito mais lenha do que eu. Como pode?!
– Engano seu! – Disse o velho. – Quando você me via sentado, na verdade, eu estava amolando meu machado. E percebi que você usava muita força e obtinha pouco resultado.
Quando o assunto é sucesso na carreira e na vida, o que vale é o quanto investimos em nós mesmos. Isso tem a ver com a maneira como você desenvolve uma compreensão de si, como você encara as circunstâncias a sua volta, como você lida com os recursos de que dispõe e como você exerce influência nas pessoas ao seu redor. É o mesmo que cuidar bem do machado que você é.
Estas áreas estão relacionadas ao que chamo de desenvolvimento pessoal estratégico: um conjunto de atitudes e modos de compreender a vida que visa proporcionar situações de bem-estar e de sucesso. É preciso dar atenção a esses aspectos com muito mais cuidado visto que vivemos um tempo em que tais atitudes de modos de compreensão estão atravessadas por influências ideológicas que podem desviar você de seu foco principal.
Independente de sua crença, conhecimento, nível de comprometimento ou grau de formação, apresento aqui alguns pressupostos que julgo serem fundamentais e que orientam as ideias que norteiam a busca do desenvolvimento pessoal estratégico.
O primeiro é a necessidade de se incluir Deus em sua maneira de ver o mundo. Se você entende que tudo não passa de obra do acaso e que o propósito de sua existência tem a ver tão somente com suas necessidades materiais, gostaria de encorajá-lo a pensar no fato de que há uma inteligência por trás da realidade que nos cerca e que tudo caminha na direção da consumação de um propósito eterno.
O segundo é a possibilidade de fazer da Bíblia um manual seguro para orientar a vida. A Bíblia é um livro de sabedoria milenar que contribui decisivamente para a formação de uma civilização inteira em meio às lutas e fracassos. Além disso, ela influencia três religiões mundiais: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Suas histórias, poesias e preceitos são revestidos de um sentido de humanidade que transforma a vida de quem lê.
E o terceiro é adotar os valores éticos que a fé cristã proporciona. Mesmo que você não concorde com o cristianismo, vive em meio a uma cultura influenciada pelos valores cristãos. A história da formação do Ocidente foi atravessada pelas ideias dos pensadores cristãos de tal modo que é impossível pensar em uma vida melhor e um mundo mais justo sem levá-las em consideração.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Cuide de sua integridade / Take care of your integrity / Cuidar de su integridad

O que você é capaz de fazer para ter sucesso?
Se você quer exercer influência e alcançar um bom prestígio em relação a outras pessoas, precisa se preocupar com sua integridade. Como afirma a frase atribuída ao líder político latino-americano Simon Bolívar: “Cuide da tua integridade que Deus cuidará da tua reputação.”
A questão da integridade pessoal está vinculada diretamente com o modo como a contemporaneidade trata da fama. Andy Warhol (1928-1987) disse que “no futuro, toda pessoa terá direito a 15 minutos de fama”. Acredito que vivemos este tempo hoje.
Com o surgimento da Internet, a popularização dos celulares e das câmeras digitais, alguém disse, parodiando a frase de Warol, que todo mundo, na Internet, vai ser famoso para pelo menos 15 pessoas.
Fama é uma palavra que vem da mitologia greco-romana. Era uma deusa com uma forma de uma donzela, com muitas asas que têm bocas, olhos e orelhas em suas penas, e que se movimenta para levar para todos os lugares as mensagens verdadeiras e mentirosas que capta dos boatos que se espalham rapidamente.
Neste tempo, caracterizado pelo que Baudrillard chamou de “sociedade do espetáculo”, observa-se que há um apelo muito forte para com a imagem.
O fato é que nós estamos sempre expostos à observação do outro ao mesmo tempo em que nós mesmos precisamos do olhar do outro para sermos reconhecidos.
A busca pela fama está relacionada com a vaidade. Não resta a menor dúvida de que ser reconhecido é algo que produz satisfação pessoal. Almejá-la não é um mal em si, desde que não se abra mão de valores maiores e se coloque a vida a serviço de um ideal maior.
A fama pode trazer a ilusão de ser bem-sucedido. Porém, quando ela é resultado de um trabalho honesto, autêntico e sincero, pode produzir a sensação do dever cumprido.
É fato que todos nós temos a necessidade de ser reconhecidos pelos de fora. Entretanto, uma pessoa realizada não precisa se exibir ou se autopromover. Tenha cuidado com os falsos holofotes.
O problema é que muitas pessoas têm procurado ser mais reconhecido pela sua imagem do que pelas suas realizações. Para muitos, o que importa é a fama em si e não o que se faz para conquistá-la. Por isso que você precisa cuidar mais de sua integridade.
A fama é determinada, portanto, pela nossa história de vida. Pessoas que vivem com integridade são imprescindíveis. Lembre-se de que Deus não olha para os nossos títulos ou rótulos para se relacionar conosco. Antes, ele não tem vergonha do nosso passado assim como ele precisa de gente com a nossa história para mostrar o quanto ele é poderoso para transformar uma vida.
De acordo com P. Talleyrand: “O comércio mais lucrativo seria comprar as pessoas pelo que valem, e revendê-las pelo que elas pensam que valem”. Não quero que você faça uma avaliação que desvalorize quem você é, mas também não o estimulo a ter uma ideia de si mesmo que demonstre o que você não é. Seja você mesmo e deseje ser reconhecido por isso.

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