“[...] Até
quando vocês vão oscilar entre duas opiniões? [...]” 1 Reis 18.21
Toda vez que você for investir em algo,
é importante analisar o custo de fazer bem como o custo de não fazer. Há um
custo de se fazer o que se deseja e o custo de não fazer o que se deseja. Você
pode pagar um preço por ter o que quer ou pagar um preço por ter perdido uma
oportunidade.
O risco pode ser entendido como a
probabilidade de vir a acontecer uma situação adversa que pode causar
consequências, problemas ou danos. A análise de riscos exige uma certa
transparência, uma avaliação mais abrangente da complexidade que envolve uma
determinada decisão e até uma tomada de decisão que vise sanar dúvidas e
orientar o processo de gestão que a ação demanda. A análise de risco, portanto,
implica na avaliação, na gestão e na comunicação dos riscos a serem
enfrentados.
A melhor maneira de correr risco é
avaliar o custo de encará-los ou não, uma vez que é impossível evitá-los. Os
custos podem ser monetários, mas há também os custos não monetizados. É preciso
desenvolver um modo de reconhecer os riscos, aceitá-los, interpretá-los e de
enfrentá-los de forma consciente, uma vez que eles estão presentes em todos as
circunstâncias desta vida.
Ben Carson, em
seu livro Risco calculado: aprenda a
decidir com ousadia, sugere um modelo de análise das situações que demandam
nossas escolhas segundo as melhores e as piores possibilidades. Ele argumenta
que sempre que esteve diante de uma decisão difícil ou
uma situação de risco, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional,
orientou o seu pensamento, sua análise de risco e o seu planejamento a partir
de quatro simples perguntas:
a) Qual
seria a melhor coisa que poderia acontecer se fizesse isso?
b) Qual
seria a pior coisa que poderia acontecer se fizesse isso?
c) Qual
seria a melhor coisa que poderia acontecer se não fizesse isso?
d) Qual
seria a pior coisa que poderia acontecer se não fizesse isso?
Nossas escolhas têm consequências, por
isso é difícil escolher bem. Fazer a escolha certa é sempre acompanhado de
dúvidas e incertezas, e isso pode provocar conflitos. Porém, isso resulta
também em crescimento e aprendizado. Em função disso, Ben Carson diz:
“aprendi que grandes
responsabilidades geralmente são acompanhadas de grandes honras e
oportunidades”.
Nem sempre na vida vamos ter os sinais
verdes para nós. É preciso também compreender os sinais amarelos e identificar
com clareza quando o sinal vermelho acende. Ter medo dos riscos pode inibir a
criatividade e a liberdade. Uma vida sem riscos seria o ambiente propício para
o autoritarismo e a alienação. Pessoas que não assumem correr riscos acabam
ensimesmadas, entediadas e até agressivas. É a possibilidade de correr riscos
que nos conduz a novas descobertas, o risco da derrota nos ensina novos
sentidos do que é sucesso, vitória e realização pessoal.
Vivemos em uma cultura que nos ensina a
evitar os riscos, buscando a segurança e o conforto. Porém, quando procuramos
nos proteger, perdemos a oportunidade de experimentar a vida em suas melhores
expressões.
Não podemos nos
esquecer de que a vida é feita de incertezas. Embora possamos nos cercar de
tantos recursos e estratégias para nos sentirmos seguros, não temos a garantia
de que estamos livres dos imprevistos. O improvável, o imponderável e a
incerteza fazem parte do nosso cotidiano mais do que aquilo que podemos provar,
conhecer ou ter convicção.
Em todo o tempo, somos desafiados a
deixar a nossa zona de conforto e a agir. É isso que pode definir o que somos e
o que podemos nos tornar. Aquele que conseguir ir mais longe é o que teve a
ousadia de se arriscar um pouco mais.
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