Cristianismo sob suspeita: as provocações de Michel Foucault para a Teologia, de Irenio Silveira Chaves.
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Sinopse:
Foucault
é um pensador com o qual a Teologia pode – e deve – se envolver, apesar de sua
assumida posição ateísta. É possível até se perceber um distanciamento entre
seu pensamento e a Teologia no sentido de uma rejeição. Entretanto, o diálogo
teológico com o pensamento de Foucault torna‑se possível em face do interesse
da Teologia contemporânea em dialogar com a cultura e as formas com que se
configuram os saberes nas relações da sociedade.
Isso
consiste em uma tarefa difícil, mas gratificante, uma vez que faz com que a
tarefa teológica esteja engajada com o que é relevante para a compreensão das
ações humanas. O cristianismo deve aceitar a sua condição não hegemônica em
meio ao pluralismo religioso e, em meio à fragmentação da experiência
religiosa, deve acolher novas formas de expressar a fé, de modo que possa
penetrar na dor e no conflito do mundo secularizado.
Para
que a Teologia faça frente aos apelos da pós‑modernidade, ela precisa voltar‑se
para os aspectos da subjetividade que envolvem a vida em comunhão e para uma
espiritualidade que seja libertadora e que se abre para a alteridade, para o
comprometimento com o outro.
A
constatação é a de que não há um caminho seguro para a Teologia. Ela precisa se
fazer pública e aberta ao diálogo, precisa estar comprometida com a práxis e precisa
assumir as incertezas desse tempo, evitando que se construam estruturas de
saber e de poder que legitimem as metanarrativas que a pós‑modernidade rejeita.
O resultado será uma Teologia que enfrente a necessidade de refazer, de forma crítica, o caminho do dualismo, marcado pela separação entre sagrado e profano, entre o que é celeste e o que é secular, entre o que é do porvir e o que é do agora. Uma Teologia assim só pode soar como um discurso que dá origem a muitas críticas, mas que aponta para o resgate do que há de mais humano em nós.
O resultado será uma Teologia que enfrente a necessidade de refazer, de forma crítica, o caminho do dualismo, marcado pela separação entre sagrado e profano, entre o que é celeste e o que é secular, entre o que é do porvir e o que é do agora. Uma Teologia assim só pode soar como um discurso que dá origem a muitas críticas, mas que aponta para o resgate do que há de mais humano em nós.